Então, chegamos a junho de 2022. Essa edição está apenas 6 meses atrasada. Desejo que você, leitore, esteja tão bem quanto possível e não tenha desistido de mim.
Quando comecei a escrever essa edição, tínhamos perdido a pouco Elza Soares e Betty Davis. De lá para cá, precisei parar de contabilizar perdas e aceitar o caos. Agora estamos arrumando a casa e vou precisar de alguma ajuda. Vem comigo?
Mudanças lentas e graduais
O novo formato do Instagram - casa original deste projeto lá em 2015 - não valoriza o tipo de conteúdo que quero fazer e que espero que vocês queiram ler. Esse conteúdo envolve pesquisa e texto, e também envolve algum tempo, tanto meu quanto de vocês. Por isso, pouco a pouco, estou migrando o conteúdo para um site que vai reunir também outros projetos meus.
Nesse período, não vou produzir posts novos. O plano é manter os conteúdos no site e usar a newsletter e redes para avisar de atualizações.
E ai chegamos ao meu pedido de ajuda: preciso entender o que vocês querem ver aqui. Apenas o mesmo conteúdo dos posts, dicas de músicas e rolês, conselhos , playlists curtas, entrevista, outros assuntos? Minha ideia nesse espaço é criar diálogo, uma coisa cada vez mais rara nessa internet comandada por big techs. Então, aperta no botão aqui embaixo e me dá sugestões, opiniões e críticas com amor.
E as mulheres na história da música brasileira?
Nos últimos posts que consegui fazer, falei de 2 mulheres maravilhosas da música nacional: Rosinha de Valença e Lucinha Turnbull. Quero trazer mais dessas mulheres que fizeram a história da nossa música, mas também artistas novas, independentes, principalmente de fora do eixo Rio-São Paulo. Essa pesquisa vem acontecendo aos poucos nos bastidores e paralelamente algumas descobertas aparecem no meu outro projeto, o podcast Undergrations
Aposto que vocês tem descobertas incríveis nesse sentido e amaria criar uma thread (quem sabe até futura playlist) sobre isso. Me conta aqui suas descobertas de novas cantoras, compositoras, instrumentistas e produtoras do país?
365 girls e um TCC
Por fim, uma das coisas que tem deixado esse projeto meio abandonado é o trabalho de conclusão de curso da minha pós graduação em rock. Estou pesquisando silenciamento e representatividade feminina no rock e, entre várias descobertas fantásticas, aprendi que desde Aristóteles estão tentando nos calar e nos esconder.
Quem tiver interesse na pesquisa e na bibliografia (vasta até demais :~ ) que estou usando, pode responder esse e-mail que compartilho referências.
Lendo, vendo, ouvindo
Lendo: da bibliografia do TCC, destaco o livro Rock On: women, ageing e popular music que traz importantes representações de mulheres acima dos 30 anos na música pop (principalmente norte americana e canadense).
Vendo: O muito sensível Big Time Film, da Angel Olsen. E aguardando ansiosamente a programação online do Festival In-Edit, que começa hoje. Esse ano, a programação será híbrida, e se você mora ou está em São Paulo vale checar os filmes exclusivos nos cinemas.
Ouvindo: Tenho escutado pouca música e nada muito novo, mas esse disco da Valerie June mexeu muito comigo
bônus: apaixonada pelas “vovós do rock”. O nome é péssimo, mas a vibe é ótima.
Por hoje é só. A gente se vê (se tudo der certo) em um mês! Se você curtiu e acha que alguém mais pode gostar, não esquece de compartilhar. :)
[05] 365 Girls in a newsletter
o que quero mais: dicas, playlists, experiências pessoais suas com as pesquisas