[03] 365 Girls in a newsletter
Sobre estarmos todos exaustos, produção de conteúdo e o único metaverso que eu quero.
Estou exausta. E acredito que você também esteja. Depois de 20 (quase 21) meses de pandemia nesse país desgovernado, não tem ânimo que resista. Some-se a isso as sensações agridoces do mês de aniversário e a queda geral das redes sociais acontecidas no começo de outubro e chegamos a conclusão que vim dividir nessa edição.
Acho que não existe nada que eu goste mais do que de música. Pesquisar e escrever pra esse projeto sempre foi um misto de descoberta, prazer e descanso. Mas essas sensações vem minguando, em parte porque produzir conteúdo é meu trabalho regular, em parte porque sou fruto de uma outra internet e sinto falta do diálogo. Não sou influencer/creator e não estou buscando meu público. Só queria sentar no bar com gente que também se interessa por conhecer mais mulheres que fazem música e suas histórias.
Esse é o metaverso que eu quero, não um encontro virtual com bonecos mal feitos dos meus amigos reais.
Isso tudo é para dizer que, depois do medo de perder quase 2 anos de pesquisa, resolvi focar no projeto de site que estou deixando em 8º plano desde janeiro. Vou subir todos os posts para lá e quando estiver tudo pronto, aviso vocês por aqui e no Instagram. No meio tempo, esse e-zine continua saindo mensalmente, com mini entrevistas sempre que possível, e o Instagram vai sendo alimentado sempre que eu achar alguém que toque meu coração a ponto de não dar mais para esperar. “Mas o algoritmo vai diminuir a distribuição!” É, vai sim, então eu conto com vocês para não deixar esse papo se perder. O que não dá é para eu perder o prazer de fazer algo legal porque o ego do Zuckerberg precisa de alimento constante.
Esse dias resgatei um post antigo que fiz sobre a Laurie Anderson, uma das minhas artistas mais queridas divulgada no primeiro ano do projeto. São mais de 400 posts e projetos musicais no instagram. Então, o algoritmo pode ter feito você perder, mas eu recomendo esses quatro posts aqui:
Esse post sobre Hole, que eu escreveria de uma forma totalmente diferente hoje, inclusive escolhendo o Live Through This como disco.
A Anita Tijoux, que me ajuda a passar pelos dias mais barra pesada e tem um equilíbrio de energia da raiva com a da dança.
E os dois últimos: a maravilhosa e, ao meu ver, pouco valorizada Joni Mitchell e a israelense Noga Erez, que segue a premissa “se não puder dançar, não é minha revolução.”
Baseada em um post do Festival GRLS!, resolvi pedir dicas de mulheres podcasters e recebi indicações legais e variadas que achei que valia reunir aqui. Podcast é minha linguagem do amor, então adoraria ouvir sua indicação também.
Hi hat girls
Calma, gente horrível
Julie Reflexiva
Distorção
Bobagens imperdíveis
Mulheres que escrevem
Conteúdo Musical
Como essa foi uma edição só de dicas, não vou fazer a sessão Vendo, Lendo, Ouvindo, mas vou deixar um último link e um pedido.
Esse faixa-a-faixa da Tássia Reis me caiu na vista enquanto escrevia e achei que cabia perfeitamente no tema geral da newsletter.
Agora, o pedido: me conta o que você gostaria de ver por aqui e como esse boletim pode melhorar? Eu estou curtindo escrever, mas quero que você curta ler também.
Obrigada por ter chegado até aqui e até mês que vem.